As vereadoras Luiza Cordeiro (PCdoB), Marisa de Sá (PT) e Eneide Lima (PT) cobraram, na sessão desta terça-feira, explicações da Secretaria de Educação do Estado. Elas questionam o uso em sala de aula do conto "Obscenidades para uma dona de casa", de autoria de Ignácio de Loyola Brandão – retirado do livro "Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século", organizado por Ítalo Moriconi e publicado pela Editora Objetiva.
O livro com linguagem erótica foi tema de discussão calorosa na Câmara. Parlamentares indignados com o uso da obra cobraram ações da Secretaria de Educação do Estado e do município. "Precisa tomar providências rápidas e emergenciais para que possamos qualificar a literatura", declara a professora e vereadora, Marisa de Sá.
Luiz Antônio de Assis, assessor da secretaria para assuntos de Segurança Pública, diz ter ficado chocado ao ler os trechos da obra, que sua filha de 14 anos utiliza na escola. "Vou explicar o quê? Fiquei atônito quando minha filha mostrou o conteúdo", disse Assis.
Já Luiza Cordeiro sugeriu que seja realizada investigação para descobrir de que forma o livro chegou à cidade e foi distribuído, sugestão aceita pelo presidente interino da Casa, Paulo Sérgio (PV). "O que podemos fazer é encaminhar as instituições de ensino da cidade um ofício para saber de que forma o livro chegou e por quem", esclarece Paulo Sérgio.
Contrário à opinião das vereadoras e professoras Luiza Cordeiro, Marisa de Sá e Eneide Lima, o vereador Geraldo Celestino aponta a falta de cultura como pivô sobre a discussão do conteúdo que traz o livro. "Falta cultura aos brasileiros. Alguns pais têm vergonha de falar com o filho assuntos relacionados sobre educação sexual e, por isso, absorvem o conteúdo nos corredores das escolas e nas ruas", explica Geraldo.
