A ação do Ministério Público Estadual (MPE) para exoneração de assessores comissionados preocupa os vereadores da Câmara, quanto a possível destituição de aproximadamente 780 cargos, conforme apurou o Guarulhos Hoje nos dias 15 e 16. Momentos antes da sessão desta terça-feira, parlamentares se reuniram para discutir medidas a serem tomadas.
Ficou definido que será necessária a contratação de assessoria jurídica e técnica para defesa da Casa em relação à denuncia e realização de planejamento dos processos na Câmara."Precisamos realizar estudos para reestruturação do Poder Legislativo e a criação de cargos emergenciais", afirma o vereador Ricardo Rui (PPS)
Além da contratação de assessorias, o aspecto confiança foi destacado para a ocupação de cargos nos gabinetes e a interferência do MP nos trabalhos do Legislativo. "Precisamos de profissionais de confiança para trabalhar nos gabinetes. Já pensou um adepto ao PSDB trabalhar para um parlamentar do PT? Estes cargos não podem ser concursados e não podemos aceitar a interferência do Ministério Público", destaca Rui.
Presidente da comissão publica e funcionalista da Casa, Ricardo Rui, acredita que a exoneração dos assessores pode prejudicar o funcionamento dos trabalhos na Câmara. "A ausência destes profissionais irá paralisar os trabalhos, até porque a lei que permite o aumento de verba nos gabinetes foi apenas votada e não utilizada", disse.
Ele ainda destaca que o parlamentar precisa ser assessorado por funcionários de sua confiança e sobre o período estabelecido para permanência do vereador na Casa. "Assessor é um cargo de confiança e esta ação do Ministério Público está fugindo da sua real função. O vereador está aqui de passagem, com período estabelecido de quatro anos", conclui.
