Os dados de emprego divulgados nesta quinta-feira, 23, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reforçam a ideia de que a taxa de desemprego no País está muito baixa por causa da reduzida taxa de participação e não pelo crescimento do emprego. A avaliação é do economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano.
“A população ocupada ficou estável em setembro ante o mês anterior e em relação a igual mês do ano passado, ou seja, nos últimos 12 meses não houve grande mudança no emprego”, afirmou. “O mercado de trabalho já não é mais o mesmo e a taxa de desemprego vai subir nos próximos meses”, acrescentou o economista.
Serrano reforçou que a taxa de setembro, de 4,9%, não ficou muito distante da expectativa do Besi (5,0%) e da mediana das previsões (5,1%, conforme levantamento AE Projeções, que coletou estimativas de 4,9% a 5,3%). O resultado efetivo, de 4,9%, coincidiu com o piso das previsões. “Veio em linha”, disse. “Com rendimento real praticamente estável”, completou.