A previsão é de que mais de 500 pessoas participem do protesto marcado para ter início na altura do número, 1310, da avenida Salgado Filho, defronte ao Habibs. Do local os manifestantes seguirão em caminhada até o local do acidente.
Na madrugada do último domingo, dois carros em alta velocidade colidiram, no cruzamento na avenida Paulo Faccini com a rua Silivo Barbosa, com o veículo onde estava a jovem Jéssica Agnes, de 21 anos, que faleceu na hora. A vítima e o namorado, ainda em estado grave, voltavam de uma festa. Testemunhas revelam que os motoristas estariam disputando um racha.
A manifestação exige providências das autoridades locais como lombadas, fiscalização eletrônica e uma legislação rigorosa para impedir que mais pessoas sejam vítimas desse tipo de disputa. O cruzamento é ponto recorrente de acidentes do gênero. Em março deste ano, o comerciante Antonio Getulio da Silva foi vítima fatal um acidente parecido no mesmo local.
A incidência e o número de mortes no trânsito é alarmante. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgados no ano passado, revelam que o Brasil tem o quinto maior número de mortes no trânsito de todo o mundo. Em 2007, houve 35,1 mil óbitos por acidentes no País. Os casos, em sua maioria, são causados por excesso de velocidade, uso de álcool e drogas.
A falta de rigor e uma legislação específica para casos de rachas contribuem para o número crescente de acidentes fatais. Um projeto de lei, nº 594, visando o aumento nas penas dos crimes de condução de veículos em estado de embriaguez e de participação de rachas tramita no Senado, desde 2007. A última informação disponível no site oficial da instituição, de 14 de outubro de 2010, informa que o projeto está com a relatoria.
Outro fenômeno a ser considerado pelas autoridades no caso de uma legislação específica é o uso das redes sociais para combinar pontos de encontro. A estratégia, amplamente adotada pelos "rachados", visa dificultar a chegada da polícia ao local, já que a ruas escolhidas variam com frequência.
