Cidades

Pavimentação maltratada ao longo dos anos é maior desafio da Proguaru, diz presidente

Não são poucos os guarulhenses que, há tempos, reclamam da qualidade do asfalto das ruas da cidade. A quantidade de buracos e remendos de pavimento é problema antigo. Irrita os motoristas e incomoda, também, o presidente da Proguaru, Leonardo Lago, de 33 anos. “Tapar os buracos das ruas de Guarulhos ainda é nosso maior desafio. O pavimento da cidade está muito maltratado. Temos tapado muitos, mas ainda temos muito a fazer”, afirmou ao GuarulhosWeb.
 
Apesar de jovem, Lago é formado em Administração de Empresas e Direito. E demonstra maturidade ao responder sobre o antigo problema. “Temos usado um processo de tapa buracos melhor, para dar maior durabilidade ao serviço, algo que era alvo de muita reclamação. Muitos moradores diziam que antes os buracos voltavam a abrir rapidamente. E não temos recebido notícia de reincidência dos buracos que tapamos. Mas que é uma questão que ainda nos incomoda, não há dúvida”.
 
Lago, no entanto, tem o que comemorar. No fim de fevereiro, o Conselho Fiscal da Proguaru apresentou diminuição nas despesas administrativas em 2017. Em comparação com o ano anterior (o último antes da nova gestão assumir a cidade), os gastos foram 35,21% menores: de aproximadamente R$ 96 milhões para pouco mais de R$ 62 milhões, mesmo com receita 7,54% menor no ano passado.
 
“O principal motivo para chegar a esse resultado foi o trabalho de gestão fiscal que fizemos. Só de encargos tributários tivemos uma redução de R$ 7 milhões, fora o nosso passivo também relacionado a imposto”, disse. Segundo o presidente, no início da gestão percebeu-se o tamanho do problema a ser enfrentado. “Tivemos uma boa transição. Mas, com o tempo, percebemos que muita coisa foi deixada de lado pela antiga administração. A partir dali, estabelecemos como prioridade limpar o nome da empresa para poder voltar a assinar contratos e aumentar a receita”.
 
De acordo com Lago, que iniciou na empresa como diretor administrativo/financeiro, o intenso trabalho de renegociar o passivo tributário fez com que a Proguaru conseguisse tirar a Certidão Negativa de Débitos (CND) tanto perante o município quanto a União. “Fazia três anos, dois anos e meio que a empresa não tinha esses documentos em ordem. E conseguir limpar o nome da empresa passou muito por essa gestão fiscal interna. Ver onde a gente pode ser tributado, onde não pode. Que tipo de parcelamento existe. O que estamos parcelando e o que estamos pagando em dia”, explicou.
 
Mas como em toda estratégia, algo não fica na prioridade. “Como nosso foco maior era a questão tributária, nós acabamos deixando um pouco de lado a questão dos fornecedores, que agora, neste ano, já com a CND e assinando novos contratos, nós estamos retomando os pagamentos”.
 
Para Lago, não é fácil resolver as coisas em uma empresa de economia mista. “Nós somos uma empresa mista, mas com algumas diferenças importantes: temos que contratar como empresa pública, com processo licitatório. Temos limite para compra direta. Mas para pagar é como se fosse apenas empresa privada. Por isso, nossa gestão precisa ser consciente do que é prioritário”.
 
Cobertor curto
Leonardo Lago aponta a diminuição dos gastos com aluguel como algo positivo no resultado financeiro da Proguaru. Mas a folha de pagamento ainda funciona como um escape grande. “Nós chegamos a diminuir o quadro de funcionários, mas isso tem custo e, além disso, ficamos com funcionários mais ‘caros’ e qualificados que acumularam funções. Passamos a fazer muita coisa aqui e isso faz a gente precisar de pessoal, não tem jeito. Acabamos de abrir concurso. A Proguaru está tentando rodar com o mínimo possível. Mas esse mínimo é bastante para nossa realidade financeira. Não tenho como desonerar muito a folha de pagamento”, explica.
 
Lago também comemora os resultados financeiros da Usina Recicladora da empresa, mas acredita que ela ainda pode render mais para o município. “Temos que aumentar o controle do que entra e sai de lá. Hoje utilizamos o material reciclado lá em várias obras, mas podemos crescer mais”.
 

Posso ajudar?