O robusto resultado do relatório de emprego dos Estados Unidos animou nos mercados externos, com as bolsas renovando máximas, o dólar ganhando força ante o euro e iene diante da perspectiva de aperto monetário mais próximo pelo Federal Reserve.
No Brasil, no entanto, o dólar chegou a acentuar perdas ante o real, e o cenário interno pesa mais para o movimento no câmbio. A moeda norte-americana reflete a reação positiva dos mercados locais à meta fiscal menor para 2017 e à desaceleração do IPCA. No dólar, ainda ajuda no movimento a ausência de leilão de swap cambial reverso.
Às 9h45 desta sexta-feira, 8, o dólar à vista caía 1,60%, a R$ 3,3080. O dólar para agosto recuava 1,90% aos R$ 3,3260.
A economia dos Estados Unidos criou 287 mil vagas de trabalho em junho, bem acima da previsão de 165 mil e da geração de 38 mil postos em maio. A taxa de desemprego, no entanto, subiu para 4,9%, de 4,7% em maio e previsão de 4,8%. Os empregos criados em maio foram revisados a 11 mil, de 38 mil, mas em abril, para 144 mil, de 123 mil.
Já o IPCA fechou junho com alta de 0,35%, de 0,78% em maio, a menor taxa mensal registrada desde agosto de 2015, quando o indicador ficou em 0,22%. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Broadcast Projeções, que iam de uma taxa de 0,32% a 0,44%, com mediana de 0,37%. A taxa de inflação pelo IPCA no acumulado do ano foi de 4,42% e de 8,84% em 12 meses até junho.