O maior volume produzido de petróleo e gás no território nacional contribuiu para que a Petrobras registrasse lucro líquido de R$ 4,959 bilhões no segundo trimestre deste ano, mas não foi suficiente para que o resultado trimestral apresentasse elevação quando comparado ao segundo trimestre do ano passado. Nessa base comparativa, o lucro teve retração de 20%.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) ajustado da estatal, indicador que melhor dimensiona a capacidade de geração de caixa de uma empresa, totalizou R$ 16,246 bilhões no trimestre, queda de 10,2% sobre o mesmo período do ano passado (R$ 18,09 bilhões).
Já a receita líquida trimestral atingiu R$ 82,298 bilhões, marca inédita para a companhia. O resultado superou o antigo recorde, de R$ 81,545 bilhões no primeiro trimestre deste ano, e a marca de R$ 73,62 bilhões do segundo trimestre do ano passado.
No acumulado do primeiro semestre, o lucro da estatal somou R$ 10,352 bilhões, retração de 25% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 13,894 bilhões). O balanço foi afetado negativamente pela diferença de preços entre os combustíveis vendidos no Brasil e o valor pago pela Petrobras no exterior e pela contabilização do Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV) anunciado no início deste ano. Pesou a favor da estatal, por outro lado, o efeito positivo do dólar mais alto nas receitas, o maior volume de produção e o reajuste de combustíveis aplicado em novembro passado.
O Ebitda ajustado de janeiro a junho totalizou R$ 30,595 bilhões, queda de 11% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Já a receita líquida semestral atingiu a marca de R$ 163,843 bilhões, incremento de 12% em igual base comparativa.
Analistas
O lucro líquido no segundo trimestre do ano ficou abaixo da estimativa dos analistas, que esperavam lucro de R$ 6,9 bilhões. A diferença para a média das estimativas de seis casas consultadas (Ágora Corretora, HSBC, Itaú BBA, Morgan Stanley, Santander e Votorantim Corretora) foi de 28,1%. O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, considera que o resultado está em linha com a expectativa do mercado quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.
O Ebitda ajustado entre abril e junho alcançou R$ 16,246 bilhões, abaixo das estimativas dos analistas, que indicavam resultado de R$ 17,34 bilhões. A variação entre os números ficou em 6,3%. Já a receita líquida, de R$ 82,298 bilhões, ficou em linha com as estimativas, apenas 0,2% abaixo da previsão de R$ 82,5 bilhões dos analistas.