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Pezão: “Falar em R$ 30 milhões para caixa 2 de campanha é estapafúrdio”

O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB)disse na tarde desta quinta-feira, 12, que respeita a decisão da Procuradoria Geral da República de pedir abertura de inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STF) para investigar possível participação no esquema de corrupção da Petrobras e classificou como “estapafúrdio” o depoimento do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa.

Em delação premiada, Costa disse que arrecadou R$ 30 milhões de empresas do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em 2010, para caixa 2 da campanha de reeleição do então governador Sérgio Cabral (PMDB), de quem Pezão era vice. O ex-diretor disse acertou o pagamento com Cabral, Pezão e o então chefe da Casa Civil do Estado, Regis Fichtner. Os três negam a existência desta conversa. Pezão e Cabral negam ter usado na campanha recursos não declarados à Justiça. “Estou à disposição da Justiça, só quero ser ouvido. É preciso ver como foi dada essa declaração (de Paulo Roberto Costa). Eu era vice do Sérgio, ele (Costa) fala que eu participei de uma conversa que nunca existiu. Nós três não tivemos essa conversa. Falar em R$ 30 milhões para caixa 2 de campanha é estapafúrdio”, reclamou Pezão.

O governador reiterou que cabe ao delator apresentar provas e garantiu que Costa não terá como atestar o que disse. “Isso é uma coisa muito vaga. Dizer que pagou sem dizer quando foi, como foi, para quem foi. Tenho a consciência tranquila de que nunca tivemos essa conversa. Não teve caixa 2, a campanha inteira não custou R$ 30 milhões”, afirmou.

Pezão disse estar certo de que a investigação vai mostrar que a acusação “é falsa”. “As empresas vão ser ouvidas. Meu sigilo está à disposição, só tenho uma conta bancária. Minha declaração de bens é pública”, disse. O governador informou que ainda não sabe como será a estratégia da defesa e que conversará com Sérgio Cabral sobre o assunto. Uma das possibilidades é que o governador, o antecessor e o ex-chefe da Casa Civil tenham uma defesa conjunta. “Vou ver com o Sérgio como vai ser. Na eleição de 2010, ele era o candidato a governador, eu era o vice. Vamos ver se haverá um advogado para cada um”, afirmou. Pezão reiterou estar “muito tranquilo” com a investigação, apesar da insatisfação com o fato de não ter sido ouvido até agora e só saber do envolvimento de seu nome pelo noticiário.

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