O Produto Interno Bruto mensal calculado pelo Itaú Unibanco (PIBIU) registrou queda de 0,7% em maio ante abril de 2015, com ajuste sazonal. Esta é a terceira queda consecutiva nesta base de comparação, conforme informa o banco em relatório.
Em relação ao quinto mês do ano passado, sem ajuste, o PIBIU mostrou declínio de 3,9%. No acumulado de 12 meses finalizados em maio, o PIBIU cedeu 1,2%, após ter recuado 0,8% no mesmo período finalizado em abril.
Segundo o banco, os fundamentos sinalizam para fraqueza da atividade econômica maior que o cenário traçado hoje pela instituição. Por enquanto, o Itaú Unibanco estima queda de 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) fechado de 2015, que é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“A baixa confiança dos empresários e consumidores, os altos estoques na indústria e a piora dos indicadores do mercado de trabalho apontam para aprofundamento da deterioração da atividade econômica”, destaca nota assinada por Rodrigo Miyamoto.
De acordo com o economista, a retração do PIBIU no quinto mês deste ano foi disseminada, sendo que a média móvel de três meses da difusão das atividade atingiu o menor nível desde 2009. De um total de dez índices que compõem o PIB mensal do Itaú Unibanco, apenas três apresentaram crescimento. “A difusão atingiu 30% em maio, permanecendo em baixo patamar histórico”, escreveu.
Dentre os destaques negativos de maio, o Itaú Unibanco cita o declínio de 1,8% nas vendas do varejo ampliado, as quedas na proxy do banco de serviços industriais de utilidade pública (baixa de 2,5%), na produção da indústria extrativa (baixa de 0,5%) e de insumos da construção civil (baixa de 0,8%).
Para junho, o Itaú Unibanco avalia que o PIBIU pode ter novo recuo, dado que indicadores coincidentes (produção de veículos, movimento de veículos pesados nas estradas, expedição de papelão ondulado, entre outros) sugerem nova queda na produção industrial. Além disso, em relação ao varejo ampliado, o banco também espera retração das vendas, em linha com uma menor confiança do consumidor e retração nas vendas de veículos.