Estadão

Pistorius pode ter liberdade condicional sete anos após condenação por homicídio

O campeão paralímpico Oscar Pistorius poderá receber liberdade condicional nesta sexta-feira, dez anos após matar a tiros sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp. Uma comissão irá se reunir no dia 1º de abril, em Pretória, na África do Sul, para decidir se concede ou não a libertação antecipada ao ex-velocista de 36 anos.

Reeva Steenkamp foi assassinada na madrugada do dia 14 de fevereiro de 2013. Principal suspeito, Pistorius foi condenado por homicídio, em 2016, e sentenciado a 13 anos e cinco meses de prisão. Como já cumpriu metade de sua pena, ele está elegível para a medida de liberdade condicional desde julho de 2021.

A comissão é composta por representantes dos serviços prisionais, da polícia e de civis. Após uma deliberação, na qual serão levados em consideração o comportamento de Pistorius na prisão, assim como seus estados físico e mental, e o risco de reincidência, os membros da comissão tomarão uma decisão nos próximos dias. O objetivo é determinar se o objetivo da prisão foi alcançado.

Uma audiência de liberdade condicional foi marcada para Pistorius em outubro de 2021, mas acabou cancelada porque não havia sido organizada previamente uma reunião entre o atleta e os pais da vítima. Barry e June Steenkamp desejavam reunir-se pessoalmente com o atleta antes da possível liberação antecipada. No ano passado, eles disseram estar "chocados" com a possibilidade de a condicional ser concedida ao ex-velocista.

Um ano antes do assassinato, Oscar ficou famoso por ter sido o primeiro amputado de ambas as pernas a competir em uma Olimpíada, quando participou dos Jogos de Londres-2012. Dispensado por seus patrocinadores e falido, o atleta vendeu a sua casa para pagar seus advogados. Se a liberdade condicional for negada, Pistorius pode solicitar que seu pedido seja reexaminado.

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