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Planeta similar à Terra é descoberto

Um grupo de cientistas descobriu um planeta semelhante à Terra em órbita em torno da estrela mais próxima do Sistema Solar, a anã vermelha Proxima Centauri. O estudo foi publicado na quarta-feira, 25, na revista Nature, e o planeta foi batizado como Proxima B.

Ele tem massa apenas 30% maior do que a da Terra, está na chamada “zona habitável”, isto é, fica a uma distância de sua estrela que permitiria, teoricamente, a existência de água líquida em sua superfície. A presença de água líquida é considerada o requisito fundamental para ocorrência de vida, de acordo com os astrônomos.

A estrela Proxima Centauri pode ser considerada a vizinha mais próxima do Sol. Ela fica a “apenas” quatro anos-luz (cerca de 40 trilhões de quilômetros) do Sistema Solar. Caso uma nave como a Juno, enviada pela Nasa a Júpiter, fosse mandada à estrela “vizinha”, ela levaria mais de 17 mil anos para cumprir a missão. A Juno é um dos artefatos mais velozes já construídos e viaja a até 265 mil quilômetros por hora.

Embora seja rochoso como a Terra e com dimensões apenas um pouco maiores, o Proxima B gira muito mais próximo de sua estrela-mãe – está em distância equivalente a 5% daquela que separa a Terra do Sol. A cada 11 dias, o planeta dá uma volta completa em torno da estrela. No entanto, a estrela é uma anã vermelha, bem menor e mais fria que o Sol e, com isso, o planeta fica na “zona habitável”.

“Esperamos que essa descoberta inspire futuras gerações a continuar olhando além das estrelas. O que vem a seguir é a busca pela vida em Proxima B”, declarou o autor principal do estudo, Guillem Anglada-Escudé, da Escola de Física e Astronomia da Universidade Queen Mary, de Londres (Inglaterra).

De acordo com o cientista, embora esteja na “zona habitável”, Proxima B está extremamente perto de sua estrela. Isso significa que o planeta pode receber fluxos de raios X muito mais intensos, em relação aos que a Terra recebe do Sol. Os pesquisadores também não sabem se o planeta tem um campo magnético protetor, como ocorre na Terra. Por essas razões, será preciso pesquisar mais algumas décadas para descobrir as características da atmosfera do planeta e avaliar se a vida ali seria mesmo viável.

No estudo, os cientistas utilizaram instrumentos do observatório de La Silla, do ESO (European South Observatory), no Chile, além de diversos outros telescópios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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