Policiais militares precisaram fazer disparos de arma de fogo para conter uma confusão entre apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua na noite desta quinta-feira, 17, na capital da Bahia. Ninguém ficou ferido.
Cerca de 20 manifestantes anti-petistas foram até o estádio da Fonte Nova, onde Lula participa do primeiro ato da caravana de 25 dias pelos nove Estados do Nordeste, para protestar contra o ex-presidente. Eles levaram o boneco inflável Pixuleco, usado nas manifestações pelo impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff em 2015 e 2016.
Em número muito superior, apoiadores de Lula que foram à Fonte Nova prestigiar o ex-presidente partiram para cima dos adversários e rasgaram o boneco. Houve um princípio de confusão e a Polícia Militar, que fazia a segurança do evento, tentou apartar os manifestantes. Um policial sacou uma pistola e fez três disparos para cima.
Integrantes do Vem Pra Rua e MBL acusaram o governo da Bahia, sob comando do petista Rui Costa, de usar o aparato estatal para dar apoio à caravana.
A confusão foi um dos únicos episódios de agressão no início da caravana. Lula foi recebido em uma estação do metrô de Salvador por centenas de militantes com camisetas do PT, CUT e movimentos sociais. Acompanhado por Rui Costa, pela presidente do PT Gleisi Hoffmann, dirigentes petistas e parlamentares de partidos de esquerda, Lula foi de metrô até a Praça do Campo da Pólvora, próximo ao estádio.
No caminho a militância petista cantava músicas de campanha e os hinos do Bahia e do Vitória e entoava gritos de guerra como “Brasil Urgente, Lula Presidente”. Lula, bem humorado, distribuiu abraços e pousou para fotos com admiradores. Depois de fazer uma baldeação, o ex-presidente terminou o trajeto dentro da cabine do motorista do Metrô.