O patrulhamento na região do Cabuçu foi ampliado pela Polícia Militar após os três homicídios que ocorreram no Recreio São Jorge, no domingo (19), que teriam provocado os protestos que deixaram dois ônibus queimados e a paralisação da circulação do transporte publico nos bairros da região.
Segundo a PM, desde a ação criminosa cometida pelos vândalos, a 3ª Companhia do 15º Batalhão tem recebido o reforço de equipes da Força Tática, ROCAM e DEJEM que estão saturando os principais corredores e outras áreas de interesse de segurança pública a fim de prevenir a ocorrência de mais vandalismo, bem como conter crimes violentos como homicídios e roubos.
Boatos
Após os protestos de domingo, os moradores da região passaram a conviver com diversos boatos, sobre possíveis retaliações por parte de faccções criminosas e até mesmo toque de recolher. Segundo a polícia, todas as informações não passaram de boatos.
A PM recomenda que todas as informações recebidas sejam verificadas, desde a origem até a veracidade. Em caso de dúvida o municipe pode consultar as autoridades e não deve de forma alguma repassar o que não tiver certeza.
Entenda o caso
No início da madrugada de domingo, três jovens entre 16 e 21 anos foram mortos na região do Cabuçu em duas ocorrências, que podem estar ligadas. Os casos estão sendo investigados pelo Setor de Homicídios de Guarulhos. Até o fechamento da matéria ninguém foi preso.
Jefferson Cardoso de Miranda, de 18 anos, e Kaue Henrique Oliveira da Silva, de 16 anos, foram mortos na avenida Palmira Rossi por volta das 00h20. Testemunhas afirmam que um veículo modelo Hyundai/HB20 preto teria se aproximado enquanto seus ocupantes teriam disparado com armas de fogo diversas vezes. A dupla teria saido de uma festa com uma moto emprestada.
Cerca de dez minutos depois, Jeferson Santana de Jesus, de 21 anos, foi morto com dois tiros na cabeça, na avenida Silvestre Pires de Freitas, cerca de 2,3km do local do primeiro homicídio. Populares disseram a polícia que os criminosos estariam em um veículo semelhante ao denunciado.
O caso revoltou alguns moradores da região que atearam fogo em dois ônibus provocando a paralisação do serviço na região, o que prejudicou milhares de trabalhadores desde domingo.
Na tarde da segunda-feira (20) a GCM passou a escoltar alguns coletivos que foram liberados para circular fazendo a linha – Terminal Taboão / Pimentas.
Durante a noite, algumas aulas noturnas voltadas a educação de adultos chegaram a ser canceladas por segurança. Nesta terça-feira, as linhas – segundo informam os moradores – que abastecem a região seguem suspensas.