A população de moradores de rua na cidade de São Paulo cresceu 9,8% entre 2011 e 2015, segundo censo feito pela Prefeitura, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A cidade tem 15.905 pessoas nessa situação, ante 14.478 há quatro anos.
Os dados foram divulgados ontem pela Prefeitura e vistos com otimismo pela secretária de Assistência Social, Luciana Temer, que destacou um aumento porcentual maior das pessoas que são atendidas por programas de acolhimento. Hoje, há 8.570 moradores de rua como usuários de albergues, 11% a mais do que os 7.713 albergados de 2011. Por outro lado, naquele ano havia 6.765 pessoas que não tinham atendimento social, número que cresceu 8,4% e agora chega a 7.335 pessoas, segundo ela.
Luciana destacou a ampliação de número de vagas para albergados na gestão Fernando Haddad (PT). “Já criamos cerca de 2 mil vagas. O que acontece é que essa gestão não busca processos de higienização”, disse, ao comentar uma suposta percepção, pela população, de que há mais moradores de rua na capital.
“Antes, tínhamos de entrar em buracos, bueiros para fazer as entrevistas. Agora, isso não foi mais tão necessário”, explicou a coordenadora do Observatório de Políticas Sociais da Prefeitura, Carolina Teixeira Nakagawa. A pesquisa é uma obrigação legal do poder público. Uma nova etapa, ainda neste ano, trará o perfil socioeconômico dessa população. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.