Desde que assumiu a presidência da rede de produtos naturais e orgânicos Mundo Verde, em setembro de 2020, Lincoln Martins não conseguiu ir até o escritório da empresa nem se reunir presencialmente com os demais diretores. "Quando tomei posse, o escritório nem recepcionista tinha mais. Todos estavam em home office", diz ele.
O executivo era presidente da Sforza, empresa de private equity que tinha participação na Mundo Verde. Ao assumir a presidência da rede, Martins se deparou com outra dificuldade. Além de não estar presencialmente no escritório, teve de contratar pessoas para repor algumas vagas na diretoria. Do escritório montado em sua casa, em Campinas, no interior de São Paulo, ele fez todo o processo de seleção dos novos executivos de forma online, por causa dos riscos da pandemia.
Martins afirma que contratar um profissional de forma online e trabalhar com pessoas que nunca viu presencialmente tem sido uma experiência inédita. "Foi a primeira vez na vida que fiz isso e confesso que achei difícil saber se determinado candidato seria a melhor opção ou não."
Ainda hoje, 100% dos profissionais do escritório estão em home office. Recentemente, a empresa fez uma pesquisa para saber se os funcionários gostariam ou não de voltar para o escritório. A maioria prefere adotar um modelo híbrido.
Diante do resultado, a Mundo Verde decidiu fazer uma reformulação no espaço físico da empresa e mudar para um lugar menor. O novo escritório logo deverá ser inaugurado, por ora, de forma virtual. "Mas espero em breve fazer uma reunião presencial com os executivos."
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>