A Prefeitura de São Paulo lacrou nesta segunda-feira, 11, o câmpus principal da Universidade de Santo Amaro (Unisa), na zona sul da cidade, por falta de licença de funcionamento. Apesar da lacração, a unidade da Rua Isabel Schmidt manteve o funcionamento ao longo do dia e os alunos não haviam sido avisados de alterações nas atividades até o início da noite.
Segundo a Secretaria das Subprefeituras, a universidade já havia sido autuada anteriormente, mas os responsáveis não providenciaram a regularização. Caso haja descumprimento da lacração, será lavrado novo auto, agora de “desrespeito à ação administrativa”, diz a gestão.
Na segunda-feira, funcionários trabalhavam normalmente no câmpus. “Não avisaram nada, tinha só um cartaz de lacração em uma das portas”, diz o aluno Everton Calício, de 28 anos. Na porta, havia avisos para que o público acessasse o prédio por uma porta lateral. A estudante Luciana Ribeiro, de 25 anos, disse que foi ao local à tarde e tudo funcionava normalmente. “Mantiveram a informação de que ia ter aula e na coordenação ninguém passava nada”, disse ela, que só no início da noite recebeu SMS sobre a suspensão da aula na segunda-feira.
A Unisa informou que não há irregularidades no funcionamento e considerou a interdição um “ato arbitrário”. A instituição promete ir à Justiça. “O calendário acadêmico não será prejudicado”, afirmou em nota.
Em 2013, a Unisa atrasou salários de professores e houve adiamento do início das aulas. A universidade tem três câmpus e cerca de 25 mil alunos, a maioria na modalidade a distância. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.