A prefeitura de Ribeirão Preto investiga oito casos suspeitos de zika vírus, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mas todos ainda esperam o resultado de exames. De acordo com a Secretaria da Saúde, em razão do cenário no País, de possível relação do vírus com a microcefalia, foi adotado um plano de contingência, como o treinamento das equipes e a notificação online dos casos suspeitos. Um dos casos mais evidentes é o de uma mulher de 33 anos que apresentou sintomas da doença. Ela não está grávida.
A Secretaria investiga também quatro casos de microcefalia registrados este ano, mas não há evidências de relação com o zika vírus. De acordo com o secretário Stênio Miranda, nada indica que o vírus esteja em circulação na cidade. Ele disse que os casos de microcefalia estão dentro da média de três casos anuais e podem estar relacionados a outros fatores que não é o zika vírus. Segundo ele, este ano foram detectados quatro casos porque o controle e a investigação das ocorrências aumentaram.
A Secretaria de Saúde de Sorocaba investiga um caso suspeito de zika vírus e outro de microcefalia com possível relação com o zika vírus. Uma paciente de 22 anos com gestação de seis meses apresentou sintomas de infecção compatíveis com o vírus. De acordo com a Secretaria, a família é de Pernambuco, mas ela alega que não teve contato com os parentes de lá. Segundo o órgão, a rede municipal segue protocolo do Ministério da Saúde para notificação de casos suspeitos de microcefalia, para constatar se há relação com o vírus.
O outro caso é de um paciente de 61 anos que apresentou os sintomas característicos de zika, mas não viajou para áreas com maior ocorrência da doença. O sangue foi coletado e amostras foram enviadas para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, para testes de dengue e do zika vírus. Os resultados ainda não retornaram. A cidade teve outros cinco casos suspeitos de zika vírus, mas foram descartados.
Há ainda um caso de Síndrome de Guillain-Barré notificado em uma criança de cinco anos, no dia 3 de dezembro, em que se investiga possível relação com o zika vírus. A síndrome não é doença transmissível, mas a Zoonoses fez ações de bloqueio para Aedes, embora não trate o caso como suspeito de zika vírus.
Em Olímpia, um menino nasceu com microcefalia, no início deste mês, na Santa Casa local e está sendo investigado pela possível relação com o zika vírus. A mãe veio de Ribeirão, interior de Pernambuco – Estado com grande número de casos da doença – grávida de cinco meses, porque o marido conseguiu emprego em São Paulo. Ela apresentou sintomas de infecção pelo vírus. A microcefalia só foi identificada após o nascimento.
Segundo a prefeitura, o caso foi notificado à Secretaria da Saúde do Estado e ao Ministério. O material coletado foi enviado para o Instituto Adolfo Lutz. Foi pedido isolamento viral para dengue, chikungunya e zika, além de toxoplasmose, rubéola e outras viroses. “Até o momento não recebemos os resultados dos exames de sorologia e isolamento viral”, informou nesta quinta-feira 17, a prefeitura. O bebê recebeu alta na noite de terça-feira, mas mãe e filho continuam sendo acompanhados.