O presidente da Câmara dos Estados Unidos, Paul Ryan, do Partido Republicano, afirmou nesta segunda-feira para os membros da bancada do partido que não vai defender ou fazer campanha para Donald Trump em novembro, último mês da corrida eleitoral pela presidência do país.
Apesar do anúncio, Ryan mantém o apoio à candidatura do magnata e afirmou que vai dedicar sua energia até o dia da eleição, 8 de novembro, para garantir que Hillary Clinton, candidata do Partido Democrata, caso eleita, não tenha um “cheque em branco”, com um Congresso controlado por democratas, de acordo com uma fonte próxima ao republicano. Ele ainda declarou ao colegas republicanos que cabe a cada um decidir se irá manter o apoio a Trump.
O candidato à presidência do Partido Republicano aparece num vídeo de 2005, vazado na última semana, afirmando que havia usado a sua fama, conquistada num programa de televisão, para beijar mulheres sem o devido consentimento. O empresário já pediu desculpas, mas vários eleitores do próprio Partido Republicano pediram, no final de semana, que ele abandonasse a corrida para permitir uma reformulação da chapa.
Segundo uma pesquisa realizada durante o final de semana, encomendada pelo Wall Street Journal e pela NBC News, 38% dos republicanos pedem a desistência de Trump da corrida eleitoral após a divulgação do vídeo. Além disso, diversos membros do partido retiraram o apoio ao candidato.
O eleitorado de Trump espera agora que o desempenho no debate televisivo realizado na noite de domingo consiga melhorar a posição do empresário nas pesquisas. Hillary lidera com 45% as intenções de voto contra 35% de Donald Trump. Fonte: Dow Jones Newswires