O francês Jean Todt, ex-chefe da Ferrari e atual presidente da Federação Internacional do Automobilismo (FIA, na sigla em francês), voltou a falar sobre o estado de saúde do alemão Michael Schumacher, heptacampeão mundial de Fórmula 1, que há quase sete anos sofreu um acidente de esqui na França que o deixou em estado vegetativo.
Depois do título da temporada de 2020 da Formula 1 ter sido novamente conquistado pelo britânico Lewis Hamilton, que empatou com Schumacher, Todt revelou que o seu amigo está "bem instalado", frisando, contudo, que a sua saúde ainda inspira cuidados.
"Schumacher está bem acompanhado e confortavelmente instalado. Continua lutando e só podemos desejar a ele e à família que as coisas melhorem", disse o presidente da FIA, uma das poucas pessoas que continua fazendo visitas ao ex-piloto, em entrevista ao canal de TV francês RTL.
Apesar da pandemia do novo coronavírus, que provocou um distanciamento social, Todt afirmou que continua a visitando Schumacher de duas a três vezes por mês.
Schumacher caiu enquanto esquiava nos Alpes franceses em dezembro de 2013, tendo ficado com lesões cerebrais. O ex-piloto bateu a cabeça em uma pedra e ficou em coma, entre a vida e a morte. Foi submetido a duas intervenções cirúrgicas, das quais saiu em coma induzido, em estado crítico, mas estável.
Em março de 2014, ainda em coma, Schumacher começou a respirar sem aparelhos, tendo tido alta em setembro para continuar a recuperação em casa, com a família mais próxima. Durante algum tempo, o ex-piloto parecia estar reagindo aos tratamentos, alimentando esperanças em uma eventual recuperação.
Mas, em maio de 2016, Todt revelou detalhes sobre o estado de saúde de Schumacher: tinha piorado drasticamente e tinha a vida por um fio. No ano passado, foi noticiado que o ex-piloto deixou de estar acamado e que a sua vida não depende de uma máquina. A família tenta manter seu estado de saúde em silêncio absoluto. Em uma das raras declarações públicas sobre o tema, Corinna Betsch, esposa de Schumacher, deu a entender que o alemão segue reagindo lentamente.
FILHO – Todt também comentou sobre Mick Schumacher, filho de Michael, que está na liderança da atual temporada da Fórmula 2. Para o presidente da FIA, o alemão poderá ganhar uma chance na F-1 em 2021. "Provavelmente correrá na Fórmula 1 no próximo ano, estamos muito contentes por ter novamente um Schumacher no mais alto nível do automobilismo", disse o francês.
O francês Romain Grosjean e o dinamarquês Kevin Magnussen deixarão a Haas no final da atual temporada e Schumacher vem sendo especulado para assumir uma das vagas, assim como o russo Nikita Mazepin.