Estadão

Presidente da Fiesp fala em metas para 4 anos e que não concorrerá à reeleição

O novo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o empresário Josué Gomes, disse na manhã desta quinta-feira, 17, que as metas estabelecidas por sua gestão diante da entidade industrial são para apenas quatro anos, uma vez que não pretende tentar a reeleição. "Não concorrerei à eleição", afirmou, em café da manhã com jornalistas.

Sempre tomando muito cuidado para não emitir opiniões e julgamentos a respeito do seu antecessor, Paulo Skaf, que presidiu a Fiesp por 17 anos, Gomes disse até ser favorável a mandatos menores, de dois anos, por exemplo, com reeleição para outros dois anos.

Perguntado se a Fiesp sob seu comando iria se aproximar politicamente de um ou de outro governo, Gomes respondeu que, até pelo papel da entidade, ela tem que conversar com os governos não só federais como estaduais e municipais. "Mas não tomaremos posições que são mais típicas de partidos políticos."

Ainda, sobre se tem alguma preferência pela eleição do petista Luiz Inácio Lula da Silva, que teve como seu vice nos dois mandatos na Presidência da República o pai do empresário (José Alencar), Gomes respondeu que não tem preferência e que nunca foi próximo do governo Lula. "Eu ia a Brasília como empresário. Papai cuidava de política e eu, dos negócios da família. Nossos negócios são privados."

Gomes considerou que o governo Lula teve erros e acertos, mas avaliou que foram mais acertos que erros, já que o ex-presidente deixou o governo com 83% de aprovação.

Ao falar do governo Bolsonaro, o presidente da Fiesp disse que os livros de história vão contar que o governo bolsonarista foi o que mais atacou as instituições. "Atacou o Congresso, o Judiciário e até vocês, a imprensa", elencou.

Disse torcer, no entanto, para que, caso seja reeleito, Bolsonaro aja de outra forma para mudar o que os livros e a história vão falar sobre ele no futuro.

"Independente de quem ganhar a eleição, o Brasil não vai acabar", comentou o presidente da Fiesp, emendando que é preciso parar de se perguntar no Brasil sobre quem vai ganhar a eleição porque esta é uma resposta que tem que ser dada pela soberania popular. "A Fiesp vai ajudar qualquer que seja o governo", completou.

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