Presidente da União Química já foi candidato a senador

A União Química foi fundada em 1936, como Laboratório Prata. A mudança de nome veio depois da venda da companhia para o empresário João Marques de Paulo, em 1970. O atual presidente Fernando de Castro Marques – filho de João Marques – assumiu o negócio em 1979.

A empresa, que continua a ter capital 100% nacional, faturou R$ 2,2 bilhões, em 2019, e R$ 2,7 bilhões, em 2020 – nos últimos cinco anos, a companhia vem crescendo acima de 20% ao ano.

Marques, que hoje tem 66 anos, também se envolveu com política: em 2018, foi candidato ao Senado pelo Distrito Federal, mas obteve apenas 124 mil votos, terminando o pleito em nono lugar. À época, o então candidato do Solidariedade chamou a atenção por seu patrimônio pessoal declarado: R$ 667,9 milhões.

Além disso, um dos nomes à frente da negociação da União Química com o governo federal é velho conhecido do meio político de Brasília. O ex-deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF) assumiu o cargo de diretor de Negócios Internacionais da farmacêutica após não se eleger governador do Distrito Federal em 2018, cargo que já havia ocupado em mandato tampão de 2010 a 2011.

Na Câmara, foi um dos principais aliados do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (MDB-RJ), que teve o mandato cassado após investigações da Lava Jato. Em 2016, Rosso presidiu a comissão especial que aprovou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

O grupo União Química tem cerca de 6 mil funcionários e sua atuação se divide em três unidades produtivas: saúde humana (com 251 produtos, incluindo desde genéricos até itens voltados à oftalmologia, dermatologia e uso hospitalar); saúde animal (tanto para pets quanto para animais de rebanho, além de itens para reprodução animal e produção de leite); e terceirização de fabricação de produtos para outras companhias.

A companhia investiu mais de R$ 100 milhões em pesquisa e desenvolvimento em 2020 e tem sete fábricas no Brasil e uma na Geórgia ( EUA), que produzem um total de 31 milhões de unidades por dia.

A empresa ainda detém um centro logístico e um parque gráfico para produção de embalagens em Minas. Em entrevista ao Estadão em 2019, o presidente da União Química disse que tinha interesse em abrir o capital em 2020 ou 2021 – medida que ainda não foi tomada. As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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