O presidente do Bayern de Munique, Karl-Heinz Rummenigge, disse nesta segunda-feira que a Uefa "não fez um grande trabalho", ao retirar a suspensão de dois anos imposta ao Manchester City na Liga dos Campeões por falta de fair-play financeiro.
"Acho que a decisão final mostrou que a comissão da Uefa não fez um grande trabalho. O que eu escuto de diferentes fontes é que a investigação não foi bem organizada", disse o dirigente, astro da seleção alemã nas copas de 1978, 1982 e 1986.
A Corte Arbitral do Esporte (CAS, sigla em inglês) informou há duas semanas que não havia conseguido confirmar alegações de violação financeira do City. Isso abriu caminho para o clube inglês, segundo colocado na Premier League nesta temporada, poder participar da próxima Liga dos Campeões.
O Manchester City foi multado em 10 milhões de euros (cerca de R$ 60 milhões) por não cooperar com a investigação. O clube alegou que não poderia verificar as acusações de que a família real de Abu Dhabi, que dirige o City, teria exagerado seus investimentos de patrocínio e escondido a origem da renda vinculada a empresas estatais.
Rummenigge também expressou seu desconforto com a decisão da revista France Football de cancelar a entrega da Bola de Ouro para o melhor jogador da Europa nesta temporada por causa do impacto da pandemia do novo coronavírus nas competições nacionais, realizadas em curto espaço de tempo ou canceladas, como no caso da França.
O dirigente do Bayern afirmou que Robert Lewandowski teria uma boa chance de ganhar o prêmio, pois o atacante marcou 34 gols na Bundesliga, seis na Copa da Alemanha e 11 na Liga dos Campeões, competição na qual o time alemão tem ótimas chances de avançar para as quartas de final após vencer o Chelsea por 3 a 0 no jogo de ida.
"Não gostamos desta decisão, achamos que não é justo", disse Rummenigge, vencedor deste prêmio em 1980 e 1981. "Não apenas para Robert Lewandowski, que este ano talvez fosse digno ganhador do prêmio. Deve ser possível dar ao melhor jogador de futebol do mundo a bola de ouro todo ano", disse o presidente.