Um grupo de presos detido na Penitenciária José Parada Neto, em Guarulhos, na Grande São Paulo, é suspeito de lucrar R$ 40 mil por semana em golpes por telefone. Promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) descobriram que dez prisioneiros fizeram para mais de 50 vítimas nos últimos seis meses, informou o SPTV nesta terça-feira (15).
Os alvos da quadrilha eram mulheres. Segundo o Ministério Público (MP), os golpistas faziam ligações de celulares e fingiam ser um parente em situação de perigo, como sequestro. Quando a vítima caía no golpe, providenciava o “resgate” e o entregava para outros criminosos, que estavam em liberdade.
Na sexta-feira (11), foram apreendidos 27 celulares no presídio e dez na casa do chefe da quadrilha. Quatro dos cinco suspeitos que estavam em liberdade foram presos. “Uma conclusão que é inevitável é a necessidade de bloqueadores de celulares nos presídios paulistas. Isso é inevitável”, disse o promotor Eduardo Olavo.
Na segunda (14), o governador Geraldo Alckmin disse que deve começar a instalar bloqueadores entre o fim deste ano e começo de 2014 nos 23 presídios do estado. “Iniciando pelas penitenciárias de maior segurança. E ao mesmo tempo vamos procurar acelerar o máximo que puder a instalação desses bloqueadores.”
Responsável pela compra dos bloqueadores, o secretário de Planejamento do estado, Júlio Semeghini, reconheceu que o governo demorou para encontrar tecnologia correta de bloqueadores. O secretário falou que só agora conseguiu duas empresas que desenvolveram o sistema ideal: bloqueia todos os celulares apenas dentro da cadeia, sem interferir na vizinhança. A operação dos novos aparelhos vai custar R$ 1 milhão por ano, por presídio.
Informações: G1.com.br