A Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, quer aumentar sua carteira de investimentos no exterior. Com mais de R$ 170 bilhões em carteira, quase metade deste valor em ações, a fundação convive há anos com a necessidade de reduzir a concentração de recursos em poucos ativos.
No exterior, a Previ tem hoje menos de 0,10% de suas aplicações (R$ 160 milhões). O objetivo é aproveitar as novas regras de investimento externo aprovadas esse ano pela Previc, órgão que regula e fiscaliza a previdência fechada, para ampliar esta fatia.
A queda dos juros, a crise dos últimos anos e a volatilidade eleitoral restringiram ainda mais suas opções. “Como estamos com essa visão de migração (diversificação), gostaria que tivéssemos mais oportunidades”, disse o diretor de investimentos da Previ, Marcus Almeida.
Segundo ele, o aumento na alocação no exterior deve constar na política de investimentos, que começou a ser revisada e deve ser apresentada em novembro. O fundo também tem interesse em debêntures atreladas à inflação e poderia dobrar o tamanho atual de sua carteira, que é de cerca de R$ 2 bilhões.
Vale
A maior participação da Previ hoje é Vale. São cerca de 16% comprados na época da privatização que representam quase metade de tudo que a fundação aplica em renda variável.
O objetivo é reduzir essa participação e aplicar em outras empresas. O fundo foi o maior investidor na oferta de ações da BR Distribuidora, feita no ano passado. O diretor avalia, porém, que as ofertas esse ano estão mais restritas. “Os IPOs este ano foram pequenos. Aguardaremos novas operações.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.