Os economistas do mercado financeiro atualizaram no Boletim Focus desta semana a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses, de 4,12% para 4,09%, de 4,17% há um mês.
No fim de junho, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ao Conselho Monetário Nacional (CMN) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá editar decreto estabelecendo uma meta contínua de inflação a partir de 2025, em substituição à atual meta-calendário. Haddad e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, não deram previsão de quando o ato do Executivo será publicado.
No Ministério da Fazenda, o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, disse ao <b>Broadcast</b> que a SPE já terminou a pesquisa sobre as experiências internacionais, mas que ainda não houve apresentação para o restante da equipe econômica nem para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, responsável por editar o decreto.
Na avaliação do diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, é importante manter a flexibilidade de definição do horizonte relevante da política monetária. Além disso, acrescentou, em entrevista ao <i>Broadcast/Estadão</i>, que "maior autonomia" exige "maior verificação". "Eu gosto da carta aberta, acho que é um instrumento positivo, porque você tem que se explicar se você não atingiu o mandato que foi delegado a você."
Já o secretário-executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, Gustavo Guimarães, defendeu ao Broadcast a continuidade da realização da justificativa sobre o descumprimento da meta uma vez ao ano, mas no caso de o IPCA estourar o teto em qualquer momento durante os 12 meses aferidos.