Para a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a prorrogação do benefício de IPI (Impostos Sobre Produtos Industrializados) para automóveis até outubro vai assegurar altos níveis de atividade do mercado automotivo. De acordo com a entidade, as medidas de estímulo elevaram a média diária de vendas de veículos de 12,4 mil unidades, registradas antes de 23 de maio, quando foi adotada a redução de IPI, para 16,7 mil no dia 27 de agosto. A entidade defende que menos impostos e maior efetividade de crédito são fatores fundamentais para alavancagem do mercado. A tese é corroborada pelo acréscimo de 2,7 mil empregos no setor automotivo desde a instituição do benefício.
Na mesma toada, a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) aponta que a medida vai garantir um crescimento de, no mínimo, 4% nas vendas ao final de 2012. Nos dados do acumulado do ano, até esta terça-feira, o aumento nas vendas chegou perto dos 5%. A entidade lembra que setor automotivo vem mostrando reação e seria “temerário” a não renovação do benefício neste momento. No entanto, pode até haver uma pequena desaceleração dos emplacamentos a partir do mês que vem por conta de uma antecipação da compra de veículos nos últimos três meses por parte do consumidor, que correu até as concessionárias para aproveitar o desconto do IPI – previsto inicialmente para valer até esta sexta-feira.
Por tudo isso e sempre em defesa do avanço na economia, que se traduz em mais empregos, o que pode fazer com que se gere mais reda e – como consequência – maior qualidade de vida, percebe-se que houve bom senso por parte do governo federal ao prorrogar o IPI não só para a indústria automobilística, mas também para eletrodoméstico e materiais de construção. Espera-se que os setores produtivos, motivados pela medida, encontrem condições para promover novos investimentos justamente para que o ciclo positivo não seja rompido. Somente assim, o país terá condições de fechar este ano em uma situação não tão ruim como já foi preconizado, a partir do momento em que as metas de crescimento do PIB não serão alcançadas.