Estadão

Protesto de agricultores avança na Espanha contra políticas da UE

Milhares de agricultores avançaram para o centro de Madrid, na Espanha, nesta quarta-feira, como parte dos protestos contra as políticas relacionadas à política agrícola da União Europeia (UE) que ocorrem em diversos países do bloco. Espanha e a Comissão Europeia fizeram algumas concessões nas últimas semanas, mas os produtores alegam que as medidas são insuficientes.

A manifestação desta quarta deve ser a maior na capital espanhola desde que os produtores rurais começaram a protestar há mais de duas semanas.

O grupo de sindicatos que reúne os produtores rurais afirmou que levaria 500 tratores e que transportaria milhares de agricultores para a concentração.

Além das políticas da UE, os eles alegam que uma lei destinada a garantir que os principais compradores de supermercados paguem preços justos por seus produtos no atacado não está sendo aplicada, enquanto os preços ao consumidor dispararam.

<b>Mais protestos pela Europa</b>

Na vizinha França, o maior produtor agrícola da UE, o governo também enfrenta pressão de agricultores, que realizaram manifestações desde o mês passado para exigir melhores salários e outras assistências.

Mais cedo, o primeiro-ministro, Gabriel Attal, prometeu uma legislação para fortalecer a posição dos agricultores franceses em negociações comerciais com distribuidores. Ele também prometeu medidas para facilitar e baratear a contratação de trabalhadores sazonais.

O governo deve trabalhar, ainda, para proteger os agricultores das importações de frango, ovos, açúcar e cereais da Ucrânia, afirmou.

Já na Polônia, o governo expressou preocupação com os slogans pró-Putin nas manifestações dos produtores rurais.

O Ministério das Relações Exteriores, Radoslaw Sikorski, afirmou que acredita que grupos extremistas estão tentando assumir o movimento dos agricultores, "talvez sob a influência de agentes russos". "A situação atual dos agricultores poloneses é resultado da agressão de Vladimir Putin contra a Ucrânia e da perturbação da economia global, não porque os ucranianos estão se defendendo da agressão", disse.

A promoção pública de um sistema totalitário pode ser punida com até três anos de prisão de acordo com a lei polonesa. Fonte: <i>Associated Press</i>

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