O trânsito é intenso na Avenida Tiradentes, no centro de Guarulhos, devido a um protesto dos servidores da prefeitura contra o reajuste de 2% sancionado pelo governo Lucas Sanches na última semana. Em razão do ato, há grande congestionamento em toda a região, e a população deve, se possível, evitar ruas e avenidas próximas.
Aprovado na última quinta-feira por 23 vereadores da Câmara Municipal, o reajuste foi considerado um “desrespeito diante das perdas salariais acumuladas nos últimos anos” pelo Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal de Guarulhos (STAP).
A paralisação foi decidida em assembleia da categoria e ocorre desde ontem (12). Além do reajuste salarial considerado insuficiente, a proposta da Prefeitura inclui um aumento de 5,48% nos benefícios, índice que também foi rejeitado pelos servidores.
“Esse reajuste de 2% é uma afronta! O servidor não vai aceitar esse mísero índice, que não cobre nem a inflação. O prefeito Lucas Sanches prometeu valorização, mas não está cumprindo. Se ele não respeita o servidor, o servidor vai mostrar sua força na rua. Vamos à luta por respeito e dignidade!”, declarou o presidente STAP, Pedro Zanotti Filho.
Segundo o STAP, nesta terça-feira (13) o governo foi à Justiça para tentar tornar a greve ilegal. No entanto, o movimento foi considerado regular pelo TJ e houve decisão para que 70% dos servidores voltem ao trabalho.
O GWeb apurou que muitas escolas municipais de Guarulhos estão com o atendimento prejudicados, devido à falta de professores e merendeiras. Em algumas UBS, devido à falta de profissionais, as farmácias estão fechadas, o que atrapalha a distribuição de medicamentos.
Uma nova concentração acontece em frente ao Paço Municipal nesta manhã. Segundo o presidente do Stap, Pedro Zanotti, o movimento não pode ser considerado ilegal já que segue todas as regras que regem uma movimento como este. “Garantimos os serviços essenciais e temos estudo que comprova que o reajuste pedido é compatível com o orçamento”, afirmou em redes sociais.