Os manifestantes mineiros que participaram de atos contra o governo e a corrupção se dispersaram, dando um fim a quase dez horas de protestos. Na praça Sete, no centro, local do último ato em Belo Horizonte, são poucos os que ainda permanecem. Há algumas pessoas fazendo apitaço e alguns carros, buzinaço. Na praça da Liberdade, onde houve o maior número de manifestantes, pessoas apenas passeiam pelo local. O trânsito nos locais está completamente liberado.
Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais, o número máximo de protestantes foi de manhã, com cerca de 24 mil manifestantes. Não houve registro de ocorrência, nem apreensão de materiais ilícitos. Só uma pequena confusão se formou por volta do meio-dia, quando os protestantes queriam sair da Praça da Liberdade para a Praça Sete (no centro, região mais popular) ou a Praça da Savassi (local de bares).
Na hora que o carro de som iria para a Savassi, manifestantes sentaram no chão, impedindo o veículo sair do local, alegando que ir para a Savassi era “elitizar o protesto”. Organizadores afirmaram que a Polícia proibiu o deslocamento para a Praça Sete, por conta da feira Hippie, que acontece todos os domingos, atraindo milhares de pessoas na região e que o combinado era descer para a praça da Savassi. “Estamos brigando entre nós”, disse um organizador do carro de som. Porém, segundo o capitão da PM, Antuer Jr, a polícia não corrobora que impediu o deslocamento e que não havia acordo prévio de itinerário com os organizadores do evento.
Mas meia hora depois, com a ajuda da Polícia Militar, essas pessoas foram isoladas e o carro fez uma manobra e seguiu para a Savassi. Nos protestos, haviam faixas contra Dilma, Lula, Toffoli. Apesar de alguns movimentos não apoiarem impeachment e nem intervenção militar, cartazes que remetiam as medidas estavam presentes nos atos.