O PSB declarou apoio para Simone Tebet (MDB-MS) na disputa pela presidência do Senado. O partido tem uma integrante na Casa, a senadora Leila Barros (DF). Com isso, a candidata do MDB soma quatro partidos na aliança, incluindo a própria bancada, e 28 senadores, sem contar as divisões internas.
Tebet também atraiu o apoio do Podemos e do Cidadania. O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), por sua vez, fechou acordo com nove legendas, que representam 41 senadores, número suficiente para uma vitória na eleição. Dos dois lados, porém, há dissidências. No dia da eleição, o voto é secreto.
Uma nota assinada como posicionamento oficial do PSB e da senadora justifica a escolha pela possibilidade de o Congresso ter a primeira mulher como presidente, além de independência em relação ao Palácio do Planalto. Leila Barros é aliada de Davi Alcolumbre, mas faz parte de um partido de oposição ao governo e decidiu se aliar à candidata do MDB. "A candidatura inédita de uma mulher à presidência do Senado é um fato histórico."
"Simone Tebet garantirá independência e autonomia para o Senado e o Congresso Nacional. A senadora também demonstrou em diversos momentos que tem capacidade para dialogar com diversas lideranças políticas", diz a nota.
Para contrapor o favoritismo de Pacheco, apoiado pelo atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e pelo presidente Jair Bolsonaro, Tebet decidiu apostar em uma bandeira de independência em relação ao Executivo. A intenção é formar um discurso único com o candidato Baleia Rossi (MDB-SP), candidato à presidência da Câmara, para contrapor o Palácio do Planalto na sucessão.