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PSB está dividido sobre nome de vice; nanicos reclamam

O PSB está dividido quanto ao nome do novo candidato a vice. Enquanto a ala pernambucana não quer perder peso na legenda, socialistas mais pragmáticos advogam por um candidato do Sudeste que possa agregar votos nos maiores colégios eleitorais do País.

Ligados ao ex-governador do Estado e a sua família, integrantes do PSB de Pernambuco têm defendido nomes da região para acompanhar Marina na disputa, dentre eles o do coordenador da campanha socialista Maurício Rands e o do ex-ministro Fernando Bezerra, que disputa uma vaga no Senado.

A própria viúva de Campos, Renata, chegou a ser apontada como uma possível candidata a vice. Pessoas próximas a ela, entretanto, ponderam que dificilmente Renata embargaria na extenuante jornada de uma candidatura tendo de dar atenção aos cinco filhos.

Já parte da cúpula do PSB sustenta que seria importante ter um nome consistente do Sudeste para garantir uma chapa forte. Segundo uma fonte, foram feitas inclusive avaliações junto ao eleitorado por consultas telefônicas que mostraram a importância de ter um pé fincado nas regiões com maior densidade eleitoral no País. Nesse quadro, fala-se na ex-prefeita Luiz Erundina (SP) e no presidente do PSB de Minas e deputado Júlio Delgado como possibilidades.

Nanicos

PHS, PRP, PSL e PPL, os partidos nanicos da coligação entre Eduardo Campos e Marina Silva, reclamam de estarem sendo preteridos das discussões sobre o futuro da chapa e organizam uma reunião neste domingo no Recife em busca de uma posição conjunta sobre os nomes que devem assumir a cabeça da chapa e a vice.

O presidente do PHS, Eduardo Machado, está na linha de frente dessas negociações. “Quem vai decidir não é o PSB, mas a coligação e nós exigimos participar e sermos ouvidos”, ressaltou. Eles criticam a nota publicada na quinta-feira por Roberto Amaral, novo presidente do PSB, em que ele diz que “a direção do PSB tomará ao seu exclusivo critério as decisões”.

A nota também causou reação do presidente do PSL, Luciano Bivar: “O Roberto Amaral pode falar o que ele quiser, mas é a maioria dos partidos coligados que tem que escolher os candidatos. Precisamos ser ouvidos também”, afirmou. “Isso não tem nada a ver com o espírito de união que o Campos quis nos deixar”, afirmou o presidente do PRP, Ovasco Resende.

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