O início da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2023 foi marcado por protestos contra o presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA). Líderes do PPS, DEM, PSDB e PSB cobraram nesta quarta-feira, 8, que Maranhão deixe o comando da sessão, para que o plenário possa votar a matéria.
“Com ele aqui não iremos votar”, afirmou o líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM). Na avaliação do parlamentar amazonense, Maranhão não tem condições de presidir a Câmara. “Havia um acordo entre o senhor Waldir Maranhão e outros, para que ele ficasse oculto. Hoje ele vem aqui, desafiando o acordo, (…) para tumultuar o processo de votação da DRU. A quem ele está obedecendo?”, acrescentou.
O líder do PSDB, deputado Antonio Imbassahy (BA), também cobrou a saída do presidente interino do comando da sessão. “Vossa Excelência não reúne condições para presidir uma sessão dessa relevância”, afirmou o tucano em discurso na tribuna. “Todos nós queremos votar a DRU. Queremos votar, mas para que isso aconteça é necessário a renúncia de vossa excelência da condução dos trabalho”, disse.
Imbassahy, Pauderney e os líderes do PPS, Rubens Bueno (PR), e do PSB, Paulo Folleto (ES), também pediram apoio de outros deputados para conseguirem colocar em pauta requerimento para tramitação de urgência do projeto de Resolução que declara vago o cargo de presidente da Câmara. A proposta é de autoria do deputado Roberto Freire (SP), presidente nacional do PPS.
Maranhão decidiu presidir a sessão plenária desta quarta-feira após mais de uma semana sumido da Câmara. É a primeira vez que ele comanda votações na Casa desde que assumiu o comando interino. Na pauta de sessão, está a votação em segundo turno da PEC que prorroga a DRU até 2023. Até por volta das 13h30, o deputado maranhense não havia se pronunciado sobre os pedidos para que deixe o comando dos trabalhos.