A Executiva Estadual do PT se reúne a partir de terça, 7, para discutir as estratégias de campanha do candidato Camilo Santana (PT) na disputa pelo governo do Ceará contra Eunício Oliveira (PMDB). Depois do resultado acirrado no primeiro turno, em que Camilo teve apenas 1,4 ponto porcentual de vantagem sobre o adversário, o presidente estadual do partido Francisco de Assis Diniz disse que o apoio do PSB, um antigo aliado petista no Estado, está na mira das negociações petistas.
O presidente estadual do PSB Sérgio Novaes afirmou que a posição do partido no segundo turno permanece em aberto até que a Executiva Nacional tome uma decisão sobre a pauta em reunião marcada para quarta-feira, 8, às 14h, na sede do partido em Brasília. A deputada pessebista Eliane Novaes, também candidata a governador do Ceará, terminou o primeiro turno em 3º lugar, com 3,4% dos votos. O apoio de Eliane pode ter papel significativo no pleito.
Já representantes do PMDB e aliados de Eunício Oliveira estiveram reunidos por toda esta segunda-feira para traçar estratégias de campanha. “É uma nova campanha. Começa tudo do zero. Vamos procurar todos que puderem somar”, diz o coordenador de campanha Gaudêncio Gonçalves de Lucena.
O atual governador do Ceará, Cid Ferreira Gomes, se elegeu pelo PSB pela primeira vez em 2006, com o suporte de parte da base petista no Estado. Em 2013, no entanto, o político rompeu com a legenda por ser contra a candidatura de Eduardo Campos (PSB) à Presidência. Cid e seu irmão Ciro Gomes se filiaram ao PROS para apoiar a reeleição de Dilma Rousseff. A ruptura causou mal-estar nas coligações. Agora o petista Camilo Santana, candidato dos irmãos Ferreira Gomes, precisa reconquistar o PSB como aliado neste segundo turno.
“Em política, se olha para frente, não para trás. O candidato (Camilo Santana) é do PT. Temos interesse no apoio no PSB. Vamos fazer todas as negociações nesse sentido”, diz Diniz.