Estadão

Queda na produção de veículos de deve a grande estoque, diz Alckmin; com vendas, irá retomar

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, avaliou nesta sexta-feira que a queda na produção de veículos no mês passado – mesmo com o programa do governo de redução de preços em vigor – se deve ao grande estoque de carros enfrentado pelas montadoras. Com o crescimento das vendas no último mês, o ministro acredita que a produção será retomada.

"Estava tendo estoque gigantesco, então não tinha como produzir. Vendendo, retoma. Programa foi transitório porque é o momento que a taxa de juros é muito alta. O programa salvou emprego, impulsionou a indústria", disse Alckmin em coletiva de imprensa sobre a medida. O crédito de R$ 800 milhões bruto para impulsionar a venda de carros se encerrou nesta semana. Desse montante, R$ 500 milhões foram usado para baratear a compra para pessoas físicas, que adquiriram 95 mil veículos de até R$ 120 mil no programa, segundo Alckmin.

Ainda de acordo com o ministro, nove montadoras participaram, com 117 modelos e redução de até 14,5% no preço dos carros mais baratos – ou seja, um desconto total além do patrocinado pelo governo.

Alckmin afirmou que a venda foi impulsionada em até 236% para alguns modelos. Para os veículos leves, houve aumento das vendas em junho de 14,2% ante os dados de maio – 166 mil versus os 190 mil carros emplacados em junho. Na comparação com junho do ano passado, o crescimento foi de 14,7%, segundo o ministro.

Alckmin ainda destacou o recorde de vendas registrado na última semana do mês passado. Segundo a Anfavea, o mercado chegou a vender 27 mil veículos em um dia, o 3º maior volume da história. Alckmin informou que a marca foi alcançada no dia 30 de junho.

A expectativa ainda é de que os números de julho também tenham um salto, já que nos últimos dias de junho 79 mil veículos foram faturados, mas com emplacamento previsto apenas para julho.

Na distribuição dos créditos por montadora, a Fiat ficou com a maior fatia, de R$ 230 milhões; em seguida, Volks, R$ 100 milhões; Renault, R$ 90 milhões; Hyundai, R$ 80 milhões; GM e Peugeot Citroen, R$ 50 milhões cada; Nissan e Toyota, R$ 20 milhões cada; e Honda, R$ 10 milhões.

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