Com estilo futurista, o rapper e compositor guarulhense Edgar apresenta seu primeiro disco, Ultrassom (2018), feito com a colaboração da cantora Céu e do MC Rodrigo Brandão. Em seguida, Edi Rock, um dos integrantes do Racionais MC’s, canta alguns sucessos do grupo, além de rimas de alguns trabalhos solos. Os shows foram gravados no Sesc Santo André durante o Festival Batuque de 2018 e serão exibidos pelo SescTV em 22 de janeiro, quarta, às 22h. Assista também em sesctv.org.br/noar/.
Já os raps do Edgar são trabalhados em spoken words, fugindo das rimas e da forma tradicional de se fazer hip-hop. Com os beats futuristas como pano de fundo, o artista canta suas letras em tom de desabafo e usa seus figurinos de forma lúdica e expressiva. ‘’[Uso essas roupas] para potencializar a fala. Quando consigo esconder essa minha forma humana através de coisas mais lúdicas e oníricas para quem assiste, a voz é potencializada por não se identificar’’, explica o cantor. Além disso, ele fala da parceria com Pupillo, produtor e baterista da banda Nação Zumbi, em seu primeiro álbum Ultrassom (2018).
Durante o show, Edgar canta as músicas Felizes Eram os Golfinhos; Liquida; Adorno; Plástico; e O Amor Está Preso?. Ele também divide o palco com Pupillo e David Bovée que atuam com sampler e vozes de apoio.
Já Edi Rock conta que aproveita as pausas do grupo Racionais MC’s para focar em seus projetos solos e incentivar pessoas mais jovens e/ou que estão começando no rap, pois enxerga muitos talentos em periferias. Na produção de Contra Nós Ninguém Será (2013), ele revela que teve a chance de chamar amigos e artistas de quem ele é fã para contribuir no disco. No último hiato, Rock desenvolveu um trabalho engavetado e explica o hábito de separar suas ideias entre as que encaixam melhor em álbuns pessoais e as que fazem mais sentido serem desenvolvidas no Racionais.
Ao falar sobre sua participação no Festival Batuque, o rapper fala da importância da música e como ela pode se tornar universal, conversando entre si. ‘‘O rap americano é a nossa raiz, o nacional precisa aprender que começou lá [nos EUA]; a gente tem que aprender com eles’’, diz Edi Rock. ‘’É uma troca, a gente ensina mas também aprende. Somos diferenciados, ninguém faz rap como nós [brasileiros], assim como não vamos conseguir fazer como eles fazem. Então é uma junção de forças’’, complementa o cantor.
Edi Rock sobe ao palco junto com o DJ Anderson Franja; os MCs de apoio Jadiel Akanni e Pyroman, além de Eduardo Plik na guitarra. No repertório estão as músicas Aro 20; Special; Um Preto Zica; Negro Drama; e That’s My Way.
Serviço:
Festival Batuque 2018: Edgar e Edi Rock
Estreia: 22/1, quarta, às 22h.
Reapresentações: 23/1, quinta, às 2h e às 12h; 26/1, domingo, às 3h, às 18h e às 24h.
Classificação Indicativa: Livre
Produtora: Fuego Digital. Para sintonizar o SescTV:
Canal 128, da Oi TV
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