Rede chilena denuncia funcionários por fraudes com cartões da família Bolsonaro

A rede de lojas Falabella, gigante do setor de varejo no Chile, denunciou 26 pessoas por utilizar cartões de crédito do presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos para compras ilegais. Um inquérito sobre o caso foi aberto em uma Promotoria da zona metropolitana de Santiago para investigar o crime de fraude em cartões de crédito.

Segundo a denúncia, funcionários da Falabella teriam utilizado dados de cartões de crédito para fazer compras ilegais no próprio site da empresa. As fraudes tiveram início a partir do dia 1º de junho, segundo a Promotoria.

"Os denunciados seriam empregados ou membros de marcas vinculadas à Fabella", informou a Promotoria Central Norte ao Estadão. "Abrimos ums investigação pelo delito de uso fraudulento de cartão de crédito, contra 26 pessoas imputadas por utilizar os cartões bancários do presidente Bolsonaro e seus filhos."

Após um pedido do promotor responsável pelo caso, Jaime Retamal, o caso também será investigado em um departamento especializado em cibercrimes da polícia chilena. Segundo a imprensa chilena, as fraudes utilizaram os dados bancários do vereador Carlos Bolsonaro e do senador Flávio Bolsonaro, além do próprio presidente. Os três foram alvo de vazamentos de informações do grupo Anonymous, que divulgou em redes sociais números de telefone, endereços e documentos de identidade da família.

A empresa teria detectado 27 mil ordens de compra suspeitas em seu site. Nas lojas de departamento da Falabella são vendidos desde computadores e smartphones até peças de roupa, eletrodomésticos e itens de decoração.

No Chile, as penas para o crime de fraude em cartão de crédito vão de 541 dias até cinco anos de prisão, além de multas que chegam ao triplo do valor fraudado. A lei que define as punições para este tipo de fraude no país acabam de ser alteradas, com aumento do tempo de pena.

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