Rede municipal de São Paulo tem maior aumento do Ideb no ensino fundamental

A rede municipal da cidade de São Paulo teve o maior aumento no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do País nos anos finais do ensino fundamental (6º a 9º ano), mas mesmo assim não atingiu a meta proposta para 2019. No ranking das capitais, liderado por Teresina, a cidade está em 10º lugar.

A capital tem a maior rede municipal do Brasil com mais de 1 milhão de alunos e enfrenta atualmente um impasse sobre volta às aulas presenciais por causa da pandemia do novo coronavírus. O prefeito Bruno Covas deve anunciar nesta quinta-feira, 16, se as escolas poderão ou não retornar em outubro, como autorizou o governo do Estado.

Nos anos iniciais (1º ao 5º) o Ideb da rede municipal ficou estagnado em 6,0, mas atingiu a meta. No entanto, ainda está muito longe de capitais como Teresina (7,4), Rio Branco, (6,7) e Palmas (6,6), cidades com orçamentos inferiores ao paulistano.

O secretário municipal de Educação, Bruno Caetano, acredita que os resultados seriam melhores caso a cidade não tivesse permitido a reprovação a partir da gestão de Fernando Haddad em todos os anos do fundamental 2. O Ideb leva em conta o resultado dos alunos em provas de Português e Matemática e ainda índices de aprovação e de evasão. A nota de São Paulo nos anos finais do fundamental cresceu 0,6, indo de 3,8 para 4,2. O mesmo aumento só foi registrado em Recife.

"Tem faltado à cidade a perseguição de um projeto educacional", disse, argumentando que os prefeitos que assumiram ao longo dos últimos anos não deram continuidade ao trabalho dos anteriores, mudando principalmente políticas de avaliações.

O atual prefeito Bruno Covas concorre à reeleição, mas entrou no cargo em 2018, quando João Doria resolveu concorrer ao governo. A cidade lançou nesta gestão o currículo de São Paulo, que dá as diretrizes do que deve ser ensinado. "É o mínimo de uma política educacional, agora é preciso colocá-lo em prática", diz o secretário.

Segundo ele, todas as salas de aula terão computadores em que os professores poderão montar suas aulas com base no currículo e as habilidades esperadas dos alunos até o fim do ano. A pandemia do novo coronavírus, no entanto, para Caetano, pode colocar em risco muito do trabalho que vem sendo feito.

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