A Vigiagro – Vigilância Agropecuária Internacional do Aeroporto Internacional de São Paulo – é responsável por inspecionar todas as bagagens de cerca de 100 mil passageiros que entram no Brasil diariamente. Para divulgar tudo que chega, até de forma inusitada, o órgão passou a divulgar em suas redes sociais no Instagram e no TikTok. Os perfis do Vigiagro-GRU passaram então a ser visitados por milhares de pessoas em busca deste tipo de informação.
Reportagem publicada pelo site G1 mostrou alguns deles como uma mala desacompanhada de passageiro vinda da China. Ela continha 180 tartarugas numa caixas de isopor; além de 30 enguias já mortas. Chifres de cervídeos com resquício de matéria orgânica foram detectados pelo raio-x na bagagem de um voo vindo da Argentina. Em outras bagagens, chegando de diversos países, um pacote recheado de larvas de lagartas, ratos, sapos secos, caramujos gigantes.
Sobre as tartarugas e as enguias, o tom é mais duro. “Não foi apresentada nenhuma documentação sanitária ou qualquer autorização prévia. Além da apreensão, foi acionado o IBAMA para a passageira ser devidamente multada”. Já os chifres vindos da Argentina: “O passageiro não tinha nenhum desses documentos. Essa peça tem sangue correndo de quando o animal foi abatido. Além de ser uma infração sanitária, também é uma infração ambiental. Não pode trazer chifres sem autorização prévia do Ministério da Agricultura e do Ibama. Esses produtos vão ser encaminhados para destruição também”.
O Vigiagro faz parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e é responsável por garantir a sanidade e a qualidade dos produtos e das mercadorias que entram e saem do Brasil. Entre suas tarefas está a inspeção e fiscalização do trânsito internacional de animais e vegetais, seus produtos e subprodutos.
Já a fiscalização feita pela Receita Federal nos aeroportos diz respeito a bens, como joias ou dinheiro em espécie, que estejam sendo levados ou trazidos do exterior. O passageiro deve apresentar a Declaração de Bens do Viajante (DBV) à Receita antes do embarque, no desembarque ou nos pontos de fronteira terrestre. Quem estiver obrigado, mas não apresentar a declaração, pode sofrer multas e ter seus bens, inclusive dinheiro, apreendidos. Entre as mercadorias mais apreendidas, está o presunto italiano, o “produto campeão do chororô”, segundo o perfil.
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