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Reintegração tira 70 famílias de área no Malvinas ocupada recentemente em Guarulhos

A comunidade malvinas, que fica à esquerda da avenida Jamil João Zarif, entre o São João e Taboão, bem próxima ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, sempre viveu sob a iminência da desocupação. Nesta terça-feira, 70 famílias, que ocuparam a área mais recentemente, de 2001 para cá, foram retiradas do local devido a uma decisão judicial em favor da GRU Airport, concessionária do Aeroporto.

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O bairro surgiu na década de 90 numa grande área de propriedade da União, onde havia um projeto para a construção da Terceira Pista do Aeroporto. Diante da possibilidade que era real até por volta de 2010, quando estudos apontaram a inviabilidade da continuidade do projeto, que acabou sendo engavetado. Mesmo assim, a área continuou sendo considerada como de interesse da União, para possível desapropriação.

No entanto, durante a pandemia, o bairro já solidificado, com a devida infraestrutura urbana, como iluminação pública, guias, sarjetas e até pavimentação, passou a ter uma parte ainda de mata ocupada. Surgiram neste local, no fundo do Malvinas uma nova comunidade, que é justamente a que está passando por reintegração neste momento.

A ação autorizada pela Justiça é resultado de um pedido feito pela concessionária GRU Airport, responsável pelo aeroporto e proprietária do terreno, há cerca de quatro anos.

Segundo a decisão judicial, a comunidade que ocupa o terreno fica exposta a eventuais perigos provenientes das atividades exercidas no aeroporto. Pelo menos 70 famílias, dentre as mil que vivem no local, foram retiradas de lá.

Durante a manhã, a Polícia Militar cercou a região e os moradores chegaram a colocar fogo em objetos no terreno. As famílias relataram que foram informados sobre o processo de reintegração há apenas duas semanas e não conseguiram encontrar um novo local para morar.

Por nota, a GRU Airport afirmou que está prestando assistência para garantir o transporte das famílias e guardar os pertences de quem foi afetado pela reintegração de posse. A concessionária disse ainda que a Prefeitura de Guarulhos é responsável por cadastrar os moradores para que recebam o aluguel social.

Já a administração municipal informou que não tem responsabilidade sobre o processo de integração, mas que trabalha com o Governo Federal e com o Ministério Público para auxiliar as famílias afetadas.

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