Economia

Relação entre etanol e gasolina cai ao menor nível desde setembro em SP, diz Fipe

A relação entre os preços do etanol e os da gasolina continuou em trajetória cadente na terceira semana do mês, de acordo com dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A equivalência entre os preços na cidade de São Paulo passou de 74,54% na segunda semana para 69,82% na seguinte, atingindo o menor nível desde o fim de setembro de 2015 (63,12%). O resultado, contudo, ainda está acima do visto na terceira semana do quarto mês do ano passado, quando ficou em 62,92%.

O início da colheita de cana-de-açúcar vem se refletindo sobre os preços tanto do etanol como da gasolina. No âmbito do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – que mede a inflação na capital paulista – o biocombustível teve deflação de 2,99% na segunda quadrissemana do mês (últimos 30 dias terminados no sábado), após alta de 0,12%. Já a taxa da gasolina no IPC desacelerou para 0,16%, depois de 0,41% na segunda leitura. Com isso, o grupo Transportes passou de 0,23% para 0,05% na terceira quadrissemana. O IPC, por sua vez, arrefeceu a 0,60%, na comparação com 0,75% anteriormente.

Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder do combustível fóssil. Com a relação entre 70% e 70,5%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.

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