Estadão

Republicanos seguem divididos sobre quem deve liderar Câmara; McCarthy não descarta retorno

Os republicanos não têm uma ideia clara de quem será o presidente da Câmara dos Estados Unidos, deixando um vácuo de poder sem precedentes no Congresso e limitando severamente a capacidade dos EUA de responder rapidamente à crise em Israel – ou a qualquer outro problema interno ou externo.

Nesta segunda-feira, 9, o ex-presidente da Câmara, Kevin McCarthy, que foi deposto após votação histórica no plenário, criticou o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, pela política no Oriente Médio, após ataques do grupo palestino Hamas a Israel. Ele não descartou a possibilidade de retornar à presidência.

Mas não esta claro se McCarthy teria condições de voltar ao cargo – ou se um dos outros republicanos que buscam o posto, Steve Scalise ou Jim Jordan, pode ser eleito presidente da Câmara, à medida que a maioria tropeça em lutas internas. Os republicanos da Câmara estão programados para se reunir a portas fechadas na noite desta segunda-feira para tentar recuperar o controle de sua maioria antes de possíveis votações dos presidentes esta semana.

O imbróglio Câmara coloca o Congresso dos EUA numa encruzilhada durante um período de crise, sendo a primeira vez na história que expulsa um presidente do poder. Em risco está a ajuda imediata a Israel, juntamente com a aprovação de uma resolução que mostraria o apoio dos EUA a Israel e a condenação do Hamas pelo ataque, uma vez que a região está agora mergulhada na guerra.

"Alguém tem os votos? Não", disse o deputado Mike Lawler, de Nova York, um republicano centrista que pressiona para que McCarthy seja reintegrado como presidente da Câmara.

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