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Risco de febre amarela leva à interdição de pontos turísticos no interior de SP

Ao menos cinco espaços de visitação turística estão interditados em municípios do interior de São Paulo em razão do risco da febre amarela. Todos ficam em áreas rurais e registraram casos da doença em pessoas ou a confirmação do vírus em macacos mortos. Em Campinas, a prefeitura suspendeu a visitação na Mata de Santa Genebra, declarada Área de Relevante Interesse Ecológico pelo governo federal, depois de ter sido confirmada a doença em três dos onze macacos achados mortos na região.

A medida é temporária, mas deve durar ao menos 15 dias. Nesse período, será feito o monitoramento dos primatas. A mata, no distrito de Sousas, é refúgio para duas espécies de macacos: o bugio e o macaco-prego. O bugio está ameaçado de extinção no Estado e tem sido a principal vítima da febre amarela. Também foi suspensa a visitação ao Observatório Municipal Jean Nicolini, em Joaquim Egídio, procurado para observação do espaço através de telescópio ou a olho nu. A agenda estava lotada, com reservas apenas para o segundo semestre.

Já a administração do Tênis Clube de Campinas (TCC) decidiu interditar a sede de campo, na mesma região, depois de terem sido encontrados macacos mortos, no dia 31, um deles no interior do clube. Não há prazo para o local ser liberado e, quanto isso acontecer, os sócios serão comunicados, informou a diretoria. Em razão das interdições, comerciantes do polo turístico e gastronômico de Sousas e Joaquim Egídio reclamam do esvaziamento do público e dos prejuízos. Alguns estabelecimentos passaram a oferecer repelentes para os clientes, mas ainda assim tiveram queda de até 50% no movimento.

Náutico

Em Américo Brasiliense, continua interditada a estrutura campestre do Clube Náutico de Araraquara, que atende dez mil associados. A medida foi tomada depois que dois frequentadores tiveram confirmada a doença – um deles morreu, o outro, uma criança, ainda está internado. Conforme comunicado do Conselho de Administração divulgado no site, nesta segunda-feira, 3, foram apresentadas à Vigilância Sanitária de Américo Brasiliense, município onde se localiza a sede de campo, as medidas destinadas a reduzir os riscos de transmissão da doença.

Após a análise, em conjunto com o Ministério Público Estadual, a Vigilância vai decidir se libera a frequência ao clube, que ainda permanece interditado. Em Bady Bassit, as trilhas da Mata dos Macacos foram fechadas, depois que vários primatas foram achados mortos no local. A mata fica na divisa com São José do Rio Preto e os turistas tinham o hábito de alimentar os macacos. O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Primatologia lembram que os macacos são considerados aliados do homem no combate à febre amarela, pois não transmitem a doença e sinalizam a presença do vírus quando adoecem.

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