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Rossetto minimiza críticas à perda de influência de corrente majoritária do PT

O novo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Miguel Rossetto, minimizou nesta quinta-feira, 1, as críticas do PT à perda de influência da corrente majoritária do partido na “cozinha” do Palácio do Planalto. “Isso acabou, passou com o ano que se foi”, disse Rossetto ao jornal “O Estado de S. Paulo”. “Nós agora temos uma agenda de governo. Vamos ouvir todos os líderes dos partidos e o PT está unificado.”

A composição do ministério provocou queixas no PT. Motivo: Dilma pôs na Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo com o Congresso, o deputado Pepe Vargas (PT-RS).

Vargas é da tendência Democracia Socialista (DS), a mesma de Rossetto. Os dois gaúchos farão dobradinha no Planalto. Com a mudança, pela primeira vez desde que o PT assumiu a Presidência, em 2003, a corrente majoritária do partido, intitulada Construindo um Novo Brasil (CNB), ficou sem assento na Secretaria de Relações Institucionais. A CNB é o grupo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, é da CNB, mas Lula e dirigentes do PT o consideram “independente”. Mercadante se aproximou tanto de Dilma nos últimos quatro anos que hoje é visto no PT muito mais como “dilmista” do que “lulista”.

Ricardo Berzoini, que ocupava a Secretaria de Relações Institucionais, foi transferido para o Ministério das Comunicações. Berzoini é do grupo de Lula. O PT queria Berzoini nas Comunicações para defender a regulamentação da mídia, mas a pasta está esvaziada.

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