Presidente do Bayern de Munique, atual vencedor da Liga dos Campeões, e figura influente no futebol do continente, Karl-Heinz Rummenigge revelou que a Uefa planeja organizar a Eurocopa, adiada em um ano por causa da pandemia do novo coronavírus, em um único país e não mais em 12, como foi inicialmente planejado.
"Sei que o presidente da Uefa, (esloveno) Aleksander Ceferin, que é extremamente cauteloso em relação ao coronavírus, se pergunta se, em meio a uma pandemia, não seria mais razoável organizar o torneio em um único país. Com todo o protocolo necessário", disse Rummenigge em entrevista ao jornal alemão Münchner Merkur.
Questionada sobre essa possibilidade, a Uefa disse não ter "informações ou comentários a fazer neste momento". A Eurocopa está prevista para ser disputada de 11 de junho a 11 de julho deste ano em 12 cidades de 12 países, fato que complica a logística em termos de cuidados sanitários.
Oficialmente, a Uefa continua trabalhando com esse planejamento. "A Uefa pode confirmar que, de acordo com as 12 cidades, atualmente se trabalha com quatro cenários: estádios cheios, estádios com capacidade entre 50 e 100% com medidas sanitárias diversas, entre 20 e 30% da capacidade com medidas adaptadas e com portões fechados". Segundo a entidade, as decisões "cidade por cidade" serão anunciadas no dia 5 de março.
Há quatro dias, o ex-jogador alemão Berti Vogts, campeão da Copa do Mundo de 1990, questionou a Uefa sobre realizar a competição em um só país, mas no próximo inverno do hemisfério norte (no final do ano ou início de 2022) e não já neste verão.
"Estou espantado por não ouvir nada da Uefa. É por isso que, enquanto ex-treinador, apelo à entidade: recuem com a Eurocopa. Reajam agora. Depois, será tarde demais", disse Vogts.