Os militares da Rússia disseram nesta quarta-feira que lançaram uma segunda rodada de ataques aéreos na Síria a partir de uma base no oeste do Irã, estendendo-se uma nova fase na campanha aérea de Moscou em apoio ao presidente sírio, Bashar al-Assad.
Ao todo, 34 bombardeiros partiram de uma base aérea em Hamedan, no Irã, para atacar alvos do Estado islâmico nas proximidades de Deir Ezzour, disse o Ministério de Defesa da Rússia.
O ministério disse que os ataques destruíram dois postos de comando e mataram mais de 150 militantes, reivindicações que não puderam ser imediatamente verificadas de forma independente. Os bombardeiros foram escoltados por aviões Sukhoi Su-35 que estavam estacionados na base aérea da Rússia em Hmeimim, na Síria.
A notícia de que Moscou e Teerã têm intensificado uma coordenação militar, permitindo que aviões de guerra russos partam de bases no Irã, aumentou a preocupação em Washington.
O porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, disse na terça-feira que o uso da Rússia da base aérea iraniana é “infeliz, mas não surpreendente”, acrescentando que ele pode violar uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas que proíbe o fornecimento, venda e transferência de aviões de combate para o Irã sem aprovação prévia do conselho.
Uma fonte não identificada do Ministério de Relações Exteriores da Rússia disse à agência de notícias Interfax que a interpretação americana da resolução da ONU era “errada e intrigante”. O texto da resolução não se aplica ao estacionamento de aeronaves russas no Irã, disse a fonte.