O proprietário do Chelsea, Roman Abramovich, entregou neste sábado, 26, a "administração e cuidado" do clube da Premier League aos curadores da fundação de caridade do próprio Chelsea. A medida ocorre depois que um membro do parlamento britânico pediu que o bilionário russo entregasse o clube após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
A atitude é um movimento aparente para afastar os pedidos para ele desistir completamente do controle após a invasão da Ucrânia pela Rússia. O bilionário russo não está vendendo o clube, mas está abrindo mão de qualquer controle por enquanto depois de ser alvo de críticas, incluindo de políticos, por sua propriedade.
A fundação de caridade do Chelsea é presidida por Bruce Buck, que também é presidente do clube. O diretor financeiro do Chelsea, Paul Ramos, também está entre os curadores.
Abramovich, que é dono do Chelsea desde 2003, não mencionou a guerra em seu comunicado. "Durante meus quase 20 anos como dono do Chelsea FC, sempre vi meu papel como guardião do clube, cujo trabalho é garantir que sejamos tão bem-sucedidos quanto podemos ser hoje, bem como construir o futuro, ao mesmo tempo desempenhando um papel positivo em nossas comunidades", disse.
"Eu sempre tomei decisões com o coração com o que fosse melhor para o interesse do clube. Continuo comprometido com esses valores. É por isso que hoje estou dando aos curadores da Fundação de caridade do Chelsea a administração e os cuidados do Chelsea FC. Eu acredito que atualmente eles estão na melhor posição para cuidar dos interesses do clube, jogadores, funcionários e torcedores", continuou.
Abramovich investiu mais de US$ 2 bilhões no Chelsea, transformando o clube em um dos mais bem-sucedidos da Inglaterra. O time do oeste de Londres é atualmente campeão mundial, pois venceu o Palmeiras recentemente, e europeu, pois detém o título da Liga dos Campeões.
Abramovich é um ex-governador de uma província russa e aliado do presidente russo Vladimir Putin, e se tornou um magnata do aço e dos metais. Agora com dupla cidadania israelense e dono de um patrimônio líquido estimado em mais de US$ 13 bilhões, Abramovich usou sua fortuna para comprar o Chelsea e casas em Londres e Nova York.
Ele não tem visto britânico desde 2018, quando um pedido de renovação estava demorando mais do que o normal e foi retirado. Isso ocorreu em um momento em que a Grã-Bretanha prometeu revisar os vistos de longo prazo de russos ricos após os envenenamentos do ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha na cidade inglesa de Salisbury. A Grã-Bretanha culpa a Rússia pela exposição da dupla a um agente nervoso, uma alegação que Moscou nega, e Abramovich não está ligado.