Cidades

Saae não tem Plano de Procedimentos operacionais de segurança

Um funcionário de 62 anos da autarquia foi soterrado no parque São Miguel durante operação

O soterramento de um trabalhador braçal do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) trouxe à tona a necessidade de um Plano de Procedimentos Operacionais de Segurança para os servidores da autarquia municipal. A vítima de 62 anos estava trabalhando em uma valeta que desmoronou na rua Teresa Ackel, no Parque São Miguel, região do Pimentas. Fontes dão conta que ele ainda está internado no Hospital Geral de Guarulhos.

De acordo com um dos integrantes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) do Saae, que não quis se identificar, a direção da autarquia se nega a retomar o plano de procedimentos para reduzir os custos. A medida possibilitaria a implantação de maneiras padrões de trabalho que poderiam evitar acidentes.

Segundo moradores da rua onde ocorreu o acidente, o braçal estava no fundo de um buraco de cinco metros que desmoronou. Os próprios colegas de trabalho da vítima ajudaram a retirá-lo. De acordo com o presidente da Comissão de Administração e Funcionalismo Público da Câmara Municipal, vereador Ricardo Rui (PPS), o Saae precisa de um melhor empenho no controle de acidentes e na contratação de técnicos de segurança do trabalho. "Os caras tocam de qualquer forma e assim não dá", diz.

Em nota, o Saae afirma que todo auxílio necessário está sendo prestado à vítima e os familiares. "O acidente ocorreu quando um torrão de solo desprendeu-se e atingiu o ombro direito do funcionário, que trabalhava em uma obra de extensão de rede de água", afirma. A autarquia justifica que possui estrutura completa de medicina e segurança do trabalho, a qual desenvolve e implementa procedimentos de segurança que são fiscalizados em campo pelos técnicos de segurança do trabalho e pelos agentes das Cipas.

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