A Sabesp confirmou no início da madrugada desta sexta-feira, 19, o preço de R$ 67 por ação na oferta secundária de ações ("follow-on") que marca a privatização da companhia. O valor, proposto pela Equatorial, foi aprovado pelo Governo de São Paulo, representado pela Secretaria de Parcerias em Investimentos.
A operação irá movimentar R$ 12,844 bilhões, sem considerar as ações do lote suplementar. Ao incluir estes papéis, o montante chega a R$ 14,771 bilhões, conforme antecipado pelo <b>Estadão/Broadcast</b>.
Do montante total, R$ 6,9 bilhões serão desembolsados pela Equatorial, que arrematou 15% do capital da empresa e passará a ser acionista de referência após a privatização. A companhia não enfrentou concorrência na disputa pelo cargo, sendo a única a apresentar uma proposta, com a cifra de R$ 67 por ação.
O fato relevante destaca que o acordo de investimento entre a Sabesp e a Equatorial foi celebrado na quinta-feira, 18. O documento prevê, por exemplo, a cláusula de "lock-up" de cinco anos, que impede a venda de ações pelo acionista de referência até o dia 31 de dezembro de 2029.
O documento lembra ainda que as ações passarão a ser negociadas na B3 já a partir desta sexta, enquanto a liquidação da oferta ocorrerá na segunda-feira, 22.
A oferta de ações da Sabesp teve como coordenador principal o BTG Pactual, além de Itaú BBA, Citi, Bank of America e UBS BB. Também participaram Bradesco BBI, Goldman Sachs, JPMorgan, Morgan Stanley, JSafra, Santander e XP.