Economia

Saída da Ford deve desempregar 119 mil e atingir mão de obra indireta em Guarulhos

Estudo do Dieese aponta que número de vagas perdidas com o fechamento da montadora deve afetar toda a cadeia de autopeças

No último dia 11, a Ford anunciou o encerramento da produção de veículos no Brasil. A medida vai causar o fechamento das três indústrias no país e o desemprego de mais de 5 mil funcionários. Apesar de não sediar nenhuma unidade da empresa americana, Guarulhos deverá ser atingida com demissões de empregados indiretos que prestam serviços à montadora.

Segundo Josinaldo José de Barros, o Cabeça, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, a quantidade de desempregados pode quadruplicar com o encerramento da Ford no Brasil. “A cadeia produtiva do setor de autopeças é muito grande e afeta todo o país. Em Guarulhos não vai ser diferente, aqui nós temos várias empresas que produzem para a Ford, que fazem limpador de para-brisas, motores etc.”, afirma Cabeça em vídeo publicado nas redes sociais da entidade.

De acordo com o sindicalista, a política do governo para evitar a saída da empresa americana do país foi falha. “Falta diálogo com o setor empresarial que favoreça a manutenção dos empregos na pandemia”, complementa.

Um estudo do Dieese aponta que fim do ciclo da montadora deve afetar 119 mil empregos diretos e indiretos, além de representar perda de mão de obra qualificada, prejuízos para a engenharia e desperdício de investimentos em tecnologia.

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