O Ciretran encerrou suas atividades em julho deste ano após décadas no local. Cerca de mil pessoas passavam pelo órgão estadual todos os dias, o que representava grande movimento no diversificado comércio da Luiz Faccini. "Eu vendia cerca de 150 salgados por dia. Hoje não vendo mais do que 45. O movimento está fraco depois que o Ciretran foi embora e, depois das 16h, os comércios ficam vazios. Meu movimento caiu cerca de 40%", disse Alberto Araújo, comerciante que há sete anos tem um restaurante no local.
Araújo falou também que a situação pode piorar ainda mais com a saída de outro órgão público e uma empresa: "A Bandeirante Energia já está com o prédio com placa de aluga-se. O cartório também está de mudança, conforme estamos sabendo aqui. A tendência é a rua esvaziar ainda", analisou o comerciante, sem citar a Câmara Municipal que deve deixar a rua em breve.
Outro fator que pode estar influenciando o comércio da rua é o alto preço dos aluguéis. Outro comerciante que pediu para não ser identificado, comentou que os preços são muito salgados. "Todos os pontos aqui são de três ou quatro pessoas que tomam conta da cidade. Aluguel aqui tem de R$ 5 mil e vai até R$ 15 mil. Se a gente for reclamar dizendo que o preço está alto, eles (donos) mandam procurar outro lugar", explicou.
Questionados, os comerciantes locais tem a mesma opinião sobre como a rua voltar a ter o mesmo movimento que antes. A instalação de outro órgão público no local. "Essa é a única forma que vejo de movimento imediato", concluiu Araújo.
